A Escola de Serviço "Visita a Hospitais" se reúne os terceiros domingos na sede do Movimento. Cecilia Di Fonzo é a coordenadora responsável deste serviço que está integrado por 18 irmãos. Até o momento, visitam-se semanalmente quatro salas em o Hospital Ramos Mejía (2 de Cardiologia e 2 de Hematologia) e o piso de PAMI na Clínica San Patricio. Ademais, dois integrantes do serviço visitam mensalmente o Cotolengo Don Orione. No Hospital mencionado se fazem cargo da animação e a celebração da liturgia do domingo.

1983: Criação da escola. Reuniões no colégio Misericórdia. Começou-se como uma escola de visita de enfermos a domicílio, para uma evangelização familiar. Ante nossa pouca experiência e a falta de irmãos no serviço, uniram-se a escola de enfermos a casas e a de visita a hospital, ficando um número de cinco irmãos no serviço.

O que se foi fazendo durante o primeiro ano foi o seguinte:

- Comentários de expectativas e de experiências prévias.
- Anúncios da Palavra.
- Encontros na Palavra.
- Atitudes para o serviço.

Para o fim deste primeiro ano, tivemos a oportunidade de conectar-nos com o que era capelão do Hospital Ramos Mejía, e começamos a visitar dito hospital.

1984: Um grupo de quatro irmãos começamos a visitar a sala de Cardiologia que se nos tinha outorgado. Foi um ano de experiência e aprendizagem, onde o pequeno grupo ficou consolidado para receber posteriormente a mais irmãos.

Nas reuniões de escola se trabalhou o documento de João Paulo II sobre o sofrimento humano (Salvifici Doloris), aplicando-o às experiências que íamos tendo. Como equipe de serviço, demos-lhe prioridade à oração.

1985: Se começou um plano de formação —um ano— com temas relacionados com a atitude e o perfil do que serve, e com a fisionomia do enfermo. O Senhor aumentou o rebanho dos trabalhadores, assim que se pôde abarcar a visita a uma segunda sala, Hematología, os domingos pela manhã. Também começamos a fazer-nos cargo de todas as missas, depois das quais fazíamos oração com os enfermos que quisessem ficar-se.

Se incorporaram às reuniões da escola uma irmã que visita uma clínica de anciãos, e irmãos que visitam o Cotolengo.

• Capacidade para poder tomar distância da angústia do enfermo, escutando-o e compreendendo-o.

• Transcender a difícil situação social que se enfrenta, sem perder de vista a presença de Jesús crucificado no enfermo.

• Ser capaz de assumir o próprio para poder transmitir, desde a vida, a comunhão com a cruz.

• Poder vencer a timidez e o temor a ser recusado.

• Trabalhar com espírito comunitário.

• Estar desprendido de procurar no serviço a recompensa do mundo.

• Evangelizar aos enfermos. Jesús, o primeiro evangelizador. História da pastoral dos enfermos. A carisma da Obra no serviço.

• Sentido redentor do sofrimento.

• Perfil do servidor. Caminho de virtudes. Privilégio de acompanhar a Jesús.

• Aspecto psicológico do enfermo (a cargo de uma psicóloga).

• Fisiologia do enfermo (a cargo de um médico).

• A presença da comunidade ao serviço do que sofre.

"Vocês são portadores de alegria"

Buenos Aires, 27 de setiembre de 1984

Queridos amigos:

Deus quis que faz algum tempo tivesse a sorte de conhecê-los na sala deste hospital. A partir de então, e pouco a pouco, Uds. foram-se constituindo para mim em algo muito querido, porque cada vez que me visitavam eram portadores de alegria, paz e amor, não somente para mim, senão para todos meus colegas, com quem compartilhei momentos de tristeza e também de alegria. Se Ele quer, muito cedo vou deixar esta sala, e nela vou deixar a muitos amigos, a quem aprendi a querer como a irmãos.

Quero testemunhar-lhes a Uds. meu agradecimento profundo por ter-me brindado em cada uma de suas visitas ânimo em minha alma e alegria em meu coração. Quero que saibam que seu labor é maravilhoso. Eu fui testemunha nesta sala da mudança anímica e do nascimento da fé nos corações de muitos enfermos. Eu, ao igual que muitos, sento que meu corpo está enfermo, mas que minha alma agora está sã. Nesta sala vi chorar a muitos homens por sua doença, mas graças a nosso Colega inseparável, Cristo, vi chorar de felicidade a muitos enfermos ao sentir melhoria em seus corpos. Frente ao desespero e à dor, aprendemos a orar. Todas as noites, convidávamo-lo a Cristo a que nos acompanhasse e depois nos dispúnhamos a descansar com paz.

Não se esqueçam de que num hospital sempre terá corações que animar e tristezas que curar, porque enquanto o espírito tenha força, o corpo poderá subordinar-se à vontade do Criador. Aqui me despeço, não com um adeus, senão com um "até sempre". Tenham a plena segurança de que os levarei sempre presentes em meu coração enquanto Deus me dê vida.

Com afeto sincero,

Gualberto Vargas