Chamam
o atendimento
a alta percentagem
que permanece orando (50%),
sua inserçou efetiva
na paróquia,
e que seguem fazendo processo. Cremos que
uma das claves está em apresentar a
um Deus vivo
e nou só
falar dele

Cristo Vive Aleluia! N° 37
 

Processo Comunitário de Confirmação

Com este título começamos a encarregar-nos —em janeiro de 1982— da catequesis de Confirmação na Paróquia de Loreto, Avellaneda. Desenvolvimos um plano pastoral que consta de uma série de anúncios, palestras e trabalhos em grupos. A orientação que seguimos a delata o título. Cremos conveniente desterrar a idéia de "curso". Pensamos que a fé não é algo que se concebe somente na razão, através de um doutrinamento. É um conhecimento real da Pessoa de Cristo vivo, Salvador, Amigo e Rei, que me apaixona, chama-me e me guia. Não há mestres nem alunos. Há catequistas que anunciam e jovens que recebem esse anúncio. Não gestamos um "ter que fazer"; senão um: «¡que bom é o Senhor!».

Falamos de processo, porque toda vivência se plasma num caminho que não finaliza nunca e que me compromete de por vida.

Dizemos que é comunitário porque o realizamos em unidade (que não é o mesmo que estar juntos), compartilhando entre todos o que Deus faz em cada um. Cremos realizar assim o mandato de Puebla: «A catequesis deve levar a um processo de conversão e crescimento permanente e progressivo na fé» (DP 998).

A metodologia que empregamos é singela: reunimo-nos todos na capela do Colégio e começamos com uma oração comunitária. Depois se dá o anúncio ou a palestra e se dividem em grupos, cada um coordenado por dois catequistas. Ali se comenta o dito pelo anunciador e se respondem as perguntas que deixa ao finalizar. Conclui-se fazendo um plenário general e orando em comum espontaneamente.

Esta forma de oração desperta neles a necessidade de relacionar-se mais fraternalmente. Costumam-se escutar frases como: "¡que bem estamos aqui!", "não vejo a hora de que chegue o sábado para encontrar-me com Deus e com vocês", "sento uma necessidade muito grande de contar-lhe a todos o que me está passando"

Nosso plano procura que o jovem se evangelize e convide a evangelizar, mediante a proclamação da Palavra e a predicação da verdade sobre Cristo, a Igreja e o homem. Estes conceitos, que foram o centro do processo, integramo-los com as sugestões que nos propõe o documento do Episcopado Argentino para a prioridade Juventude.

(N. do E.: aqui faltam uns parágrafos).

E ver como iam vivendo "em família" o que recebiam sábado a sábado. Foi um encontro sumamente positivo. Encontramo-nos, quase sem dar-nos conta, anunciando-lhes o Evangelho a estes homens e mulheres que nos escutavam com sumo atendimento. Alguns deles, assombrados, contavam a mudança que se ia dando em seus filhos: "agora estuda mais"; "nos trata melhor"; "¡se faz a cama e se limpa a peça!". Se os via felizes e agradecidos. Nós abençoávamos ao Senhor pela obra que estava fazendo nestes pais que, depois de muito tempo, acercavam-se novamente à Igreja.

Muitos dos confirmados se integraram aos grupos paroquiais (coisa que consideramos necessária para assegurar a continuidade da vida e a formação), e outros continuam conosco o processo de pós-confirmação, que é um novo grupo na estrutura paroquial.

Ao começar o ano se tinham anotado 90 jovens. Em outubro permaneciam fiéis 80, coincidindo semanalmente e mudando em forma contínua à luz do Evangelho.

No mês de agosto tivemos a graça de dar um Retiro de três dias a estes jovens, apesar do cepticismo de muitos que nos aconselhavam não o fazer. Os resultados foram muito bons. Ao finalizar o ano e depois de receber a Confirmação de Mons. Di Monte, celebramos um fogão aberto a todos, no que se intercalaram depoimentos e canções do Senhor.

Também nos reunimos com seus pais, para que soubessem de que se tratava este processo. Esta reunião nos serviu, assim mesmo, para avaliar a nossos jovens. Demo-nos conta de algo muito importante e que abarcava todo o processo comunitário: só por meio da oração em comum se puderam ir arredondando todas aquelas coisas que nós não podíamos fazer por falta de experiência ou simplesmente porque não sabíamos.

A opinião de outros responsáveis na paróquia poderia sintetizar-se assim: "… sigam adiante porque não é fácil ver algo assim". Chamam ou atendimento a alta percentagem que permanece orando (50%), sua inserçou efetiva na paróquia, e que seguem fazendo processo. Cremos que uma dás claves está em apresentar a um Deus vivo e nou só falar dele.

A equipe que levou adiante este processo —além de nós dois— era um grupo de oito pessoas. Mas nos demos conta de que é precisamente o Espírito Santo quem gestou esta obra vivificando-a em cada coração.

Este ano 1983 vieram a Páscoa uns 90 jovens, dos quais 60 permanecem orando semanalmente em três grupos: Pré-oração, Iniciação Secundários e Universitários. Foi uma Páscoa de profundidade na que se integraram todos. Graças a que muitos convidaram e anunciaram o Sacramento recebido, este ano são ¡200! os que se preparam para confirmar-se, distribuídos em 8 grupos a cargo de 3 catequistas orantes.

Lhe pedimos ao Pai ter docilidad para saber escutar sua vontade e cumprir com este serviço para a Igreja. Também contamos com tua oração.

«NÓS NÃO PODEMOS CALAR O QUE VIMOS E OUVIDO» (At 4,20).

Jesus é a Esperança que este mundo desconhece

Guillermo Papagallo
e Piero Palma

traduzido do Cristo Vive Aleluia!
Nº 37, p. 27 (1983)

© O Movimento da Palavra de Deus, uma comunidade pastoral e discipular católica. Este documento foi inicialmente publicado por sua Editora da Palavra de Deus e pode reproduzir-se a condição de mencionar sua procedência.